Alevinos

Pirapitinga

Criação de Pirapitinga

O grupo de peixes redondos inclui espécies nativas tropicais com grande potencial de produção no país. Tambaqui e pacu são os mais conhecidos, mas a pirapitinga também é opção promissora da categoria para a criação em cativeiro. Como seus pares, não é exigente quanto à qualidade da água, suportando baixos níveis de oxigênio dissolvido, e tem boa adaptação a todo tipo de ração industrializada.

Essas características, combinadas com a rusticidade da pirapitinga, que oferece resistência a temperaturas elevadas e doenças, são adequadas para o desenvolvimento do peixe de água doce em pisciculturas, inclusive em empreendimentos aquícolas de pequeno porte. Seu manejo ainda tem a vantagem de reduzir os custos da atividade com a adoção de sistema consorciado com outras espécies, como tilápias e carpas, por exemplo.

Além de fácil de lidar, a pirapitinga apresenta-se como produto de importância econômica. O peixe tanto é procurado por estabelecimentos comerciais de pesque e pague, devido a sua reação arisca a qualquer movimento que desafie os praticantes de pesca esportiva, quanto por seu filé de alto rendimento, saboroso e aceito na dieta dos brasileiros, registrando alta no consumo nos últimos anos.

A demanda pela pirapitinga também é impulsionada pelo uso da espécie na obtenção de híbridos com melhor ganho de peso, conversão alimentar e rendimento de carcaça, com o cruzamento com o pacu e com o tambaqui, gerando a patinga e o tambatinga, respectivamente. O crescimento da criação comercial de pirapitinga vem se confirmando principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Popularmente conhecida como caranha e pacu-negro, a pirapitinga pertence à família Characidae, nativa da Bacia Amazônica e também presente nas águas do Araguaia-Tocantins. Na natureza, o peixe gosta de habitar lagos e áreas de mata alagada, onde se alimenta de vegetais, inclusive sementes e frutos, quando se aproxima de árvores ao adentrar os campos inundados. Realiza a piracema para a reprodução, nadando contra a correnteza dos rios em época de cheia até desovar em águas frias e rasas.

Terceiro maior peixe de escamas da Amazônia, a pirapitinga possui corpo alto e comprimido, nadadeiras amareladas e cabeça pequena.

De comprimento, pode atingir até 80 centímetros e, de peso, 20 quilos. Entre os exemplares jovens, a coloração é cinza-claro com manchas amareladas. Já os adultos têm uma mistura uniforme de cinza com o tom roxo.

Iniciando a Criação de Pirapitinga

Oriunda da região amazônica, a pirapitinga prefere viver em locais onde a temperatura mantém médias elevadas. Assegure a fertilização dos tanques para possibilitar a produção de plâncton, organismos que servem de alimento para a criação e favorecem a redução de custos com a ração. Pode ser usada adubação orgânica, química ou mista no tanque depois de limpo, seco e desinfetado, além de ter passado pelo processo de calagem, para correção da acidez do solo.

Bem planejada, englobando as fases de alevinagem, engorda e reprodução, contribui para um manejo adequado da criação. Rústica e dócil, a pirapitinga tem ótima adaptação para viver em tanques escavados, seja em sistema intensivo ou semi-intensivo. Antes de construí-los, no entanto, é necessário preparar documentação para o empreendimento, verificar a viabilidade da topografia do terreno e a disponibilidade de água, que ainda deve contar com canal para abastecimento, sistema de renovação e monge para controle da vazão.

A existência de lago ou açude na propriedade é uma alternativa de custo mais barato para a atividade.

Deve-se ter cuidado principalmente quanto à qualidade da água em relação a sua origem e à manutenção, embora a pirapitinga seja um peixe resistente. O uso de redes de proteção na superfície dos tanques de alevinagem impede o ataque de pássaros e outros predadores.

Alimentação

Por ser herbívoro e ter a tendência a ser frugívoro, o pirapitinga come frutas, sementes e nozes. Também pode comer insetos, peixes de pequeno porte, crustáceos e zooplâncton, durante a estação de seca.

As frutas e vegetais como o espinafre, maçã, banana, uva, repolho, cenoura, abobrinha, folhas de alface e pêssego, também podem servir de alimento.

Por outro lado, a sua alimentação em cativeiro se baseia em pallets secos de qualidade ou paus flutuantes. A pirapitinga come de tudo e aceita todos os tipos de rações industrializadas para peixes.

Recomenda-se fornecer uma quantidade 10% inferior ao volume necessário para atingir a saciedade da criação. Como não é fácil calcular esse resultado, pode-se adotar uma taxa de alimentação proporcional à biomassa.

Ajuste-a de acordo com as condições da atividade.

Reprodução

A reprodução natural da pirapitinga em rios, se dá entre 3 e 4 anos de idade, período em que a espécie atinge peso de 3 a 4 quilos. Em cativeiro, no entanto, é necessário injetar um hormônio para a realização da desova da fêmea.

Por isso, adquirir alevinos no Rei dos Alevinos é mais recomendado. Em condições controladas, a criação tem a vantagem de se reproduzir em qualquer época do ano, permitindo ao produtor contar com a disponibilidade de juvenis em todos os meses.

Outros Cuidados

Para que a criação do pirapitinga em cativeiro seja eficiente, o tanque precisa ser correspondente ao seu tamanho. A temperatura da água também deve ser adequada (em torno de 26 a 28 °C), assim como o sistema precisa ser bem oxigenado e filtrado.

E no geral, a criação em aquário é tranquila porque o bicho tem o comportamento tímido. Também é retraído e caso se sinta inseguro, provavelmente vai recuar para se proteger.

Mas, deve-se ter muito cuidado porque o peixe demora a se acostumar em aquário e pula com frequência.  Pode também haver uma disputa, caso seja mantido em grupo.

Consulte-nos para mais informações.

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